ANDRÉA NACCACHE

psicanalista

Até julho de 2012 ::

CLÍNICA PSICOLÓGICA DO CURSO DE ATIVIDADE FÍSICA E CONTROLE ALIMENTAR DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES DA USP 

Desde o primeiro semestre de 2011, até julho de 2012, compusemos aos poucos uma equipe de nove psicólogas, entre participantes do Núcleo Clínico e colegas de formação, que atenderam voluntariamente em clínica de psicanálise mais de 70 pessoas do programa de atividade física e nutrição do Laboratório de Nutrição e Metabolismo Aplicados à Atividade Motora da EEFE-USP.

Os resultados dos atendimentos foram registrados e uma conceitualização foi proposta a partir da psicanálise lacaniana, mas focando apenas os fenômenos clínicos, buscando os termos que pudessem ser mais úteis, no anseio de que este trabalho realizado em ambiente de vocação intelectualmente inclusiva e pública, a USP,  também pudesse ser discutido por outras correntes da psicologia - a fenomenologia, o comportamentalismo, o cognitivismo - promovendo um encontro produtivo de pensamentos divergentes. Procuramos, ao poucos, pelo diálogo, tanteando, descobrir os melhores pontos de apoio teóricos para este encontro.

Esperamos ter chegado a um tempo em que as mútuas incompreensões ou as radicais oposições de pensamento e conduta, mesmo as internas à psicanálise, que já causaram tantas brigas, possam ser suportadas em nome de parcerias de propósitos. As amizades e a admiração que podem existir entre os clínicos de diversas correntes é nosso indício dessa possibilidade.

Hoje, findo o intenso serviço voluntário na USP, mas graças a ele, um grupo que não exclui idéias e sugestões, pronto ao mútuo enriquecimento, começou a se formar com este intento.



Até primeiro semestre de 2011 ::

VERDADES PSÍQUICAS, MENTIRAS CLÍNICAS

A clínica do incomparável

Examinamos problemas nos quais a posição do clínico é decisiva: a VERDADE falada nas sessões será mesmo REALIDADE ou MEMÓRIA? Que pensar quanto à INTELIGÊNCIA do analisando (e a do analista), quando atrapalha ou ajuda o tratamento? Vale ter um senso de CARÁTER e de PERSONALIDADE constantes? Interrogaremos as verdades e seus donos, e o lugar da certeza na clínica.

Alternamos atividades: i. Estudo dos temas; ii, Análise de casos clínicos; iii. produção de um mini-vídeo de conclusões. Iremos de uma via interpretativa e causal para uma psicanálise rara e contemporânea, ética e não-causal. Ao fim, veremos VERGONHA e HONRA como componentes éticos de uma clínica leve, responsável ao ser incomparável. 

Conforme avançamos nas conversas, estudamos implicações possíveis dos temas para cada um dos participantes: no mundo, em seu trabalho (seja qual for), no cotidiano.


LEITURA DE LACAN

O leitor escolhe o texto. Perspectivas pessoais e dúvidas são conversadas em cada reunião (pode haver subgrupos com mesmo texto). Conforme as escolhas dos participantes, vemos momentos diferentes de Lacan, cotejamos conceitos, percebemos o andamento de seu ensino.


2o semestre 2010 ::

PSICANÁLISE DA HISTERIA

Reuniões quinzenais, de freqüência gratuita, quartas-feiras, 20h, de setembro a novembro/2010, deram sequência ao estudo das neuroses e sua clínica, iniciado no 1o semestre com o tema da obsessão.


1o semestre 2010 :: 

A OBSESSÃO EM SUA ORIGEM

Sinopse da 1a reunião Nessa conversa inaugural, seguimos as sessões iniciais de Ernst Lanzer (o "Homem dos Ratos") com Freud, para entender sua clínica baseada nos conceitos do Complexo de Édipo. Em seguida, vimos a primeira de 5 HISTÓRIAS que situam o sintoma obsessivo no mundo contemporâneo. Nesta reunião, a obsessão aparece em torno do senso de direito, dignidade, igualdade, e na punição impiedosa ao crime. (ver mais)

Sinopse da 2a reunião Oferece um modo de pensar o inconsciente na neurose obsessiva, mostrando que as identidades a que se apega o obsessivo (sejam morais ou imorais, positivas ou negativas) não são o principal objeto para se analisá-lo. Entramos também a 2a das 5 HISTÓRIAS, que mostra a administração como ritual sobre o imponderável, discutindo o desastre do ônibus espacial Challenger, da NASA, e a prevenção de acidentes. (ver mais)


PROPOSTA GERAL DO NÚCLEO EM 2010

Obsessão e histeria. Os quadros clínicos delineados por Freud e firmados por Lacan ainda são as formas mais comuns de sofrer e fazer sofrer. Quando o dia-a-dia pesa ou machuca, lá estão os dois fenômenos escancarados. Obsessão e histeria formam um casal. Ele e ela. São amados e amantes entre si. Muitas vezes, marido e mulher. Mas dizem muito pouco sobre as possibilidades da sexualidade masculina e feminina. Ao contrário, essa dupla cansa a sexualidade, se entedia, se agride, se constrange, se derrota, se ignora, quando não se resigna e cala.

Obsessão e histeria são maneiras do homem e da mulher estarem sempre aquém de seu objeto de desejo. Maneiras de nada criar, de pouco contribuir, de postergar a conquista e ainda se exaurir no processo.

Neste primeiro ano do Núcleo Clínico em Psicanálise, dedicamo-nos às formas do sofrimento cotidiano, obsessão e histeria. Mas não por referências cotidianas: com a investigação das melhores (e piores) intervenções que a História da clínica já pode oferecer a ele e a ela.

programa completo em 2010 (ver)

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